Maternar: compreendendo o verdadeiro significado da maternidade
- Greyce Ferreira
- 21 de ago.
- 4 min de leitura
Você já se perguntou o que significa maternar, afinal? É importante entender que o verbo vai além da biologia, afinal, o ato de ser mãe envolve não somente a gestação. Ele é, na verdade, um processo contínuo de cuidado, nutrição e amor.
Maternar é sobre cuidar de um ser humano em sua totalidade: física, emocional e espiritualmente. O instinto materno não se limita ao momento do parto ou da adoção, mas é uma força que permeia toda a experiência de ser mãe.

O empoderamento feminino está profundamente ligado a esse processo, que envolve reconectar-se com o próprio corpo e com o poder interior, o que também é fundamental para a mãe que vive todo esse processo.
Então…
O que significa maternar?
Maternar é um verbo que carrega em si uma potência imensurável. Muito além de um ato biológico, maternar é um gesto contínuo de entrega, presença e construção de vínculo.
É um processo que nasce no desejo de cuidar, floresce no cotidiano e se fortalece nas pequenas ações diárias: no olhar atento, no toque acolhedor, na escuta sensível e na escolha constante de amar.
É comum associar a maternidade ao parto e ao aleitamento, mas a experiência de ser mãe vai muito além desses marcos. Quando falamos de mães adotivas, essa verdade se torna ainda mais evidente: o vínculo não nasce no útero, mas no afeto.
Maternar, portanto, é abrir espaço interno para outro ser existir, cresça e se desenvolva sob o abrigo emocional de um amor que se constrói, dia após dia.
Durante o Agosto Dourado, por exemplo, em que se valoriza tanto a amamentação e seus benefícios, é essencial lembrar que nutrir um filho não acontece apenas pelo leite.
A amamentação é, sim, um dos caminhos possíveis para fortalecer o vínculo, mas nutrir também é estar, cuidar, oferecer segurança e presença. É saber que o alimento emocional, transmitido por meio do afeto, é tão fundamental quanto o alimento físico.
Maternar, no fundo, é uma escolha diária de amor. É investir na construção de um vínculo que, embora possa começar de maneiras diferentes, se sustenta sempre pelo mesmo alicerce: a conexão verdadeira entre mãe e filho.
É, também, um convite para que a mãe olhe para si, reconhecendo seus próprios limites, acolhendo suas emoções e se permitindo cuidar de si para seguir cuidando do outro.
Relação entre maternar e empoderamento feminino
Maternar também pode ser compreendido como um ato de empoderamento feminino, até porque muitas mulheres descobrem, ao longo da maternidade, uma força interna que talvez nunca tivessem acessado antes. Ser mãe, nesse contexto, não significa apenas cuidar do outro, mas também olhar para si, resgatar a própria voz e fortalecer sua autonomia.
Esse empoderamento pode se manifestar de diversas formas:
Autocuidado
Quando a mulher compreende que cuidar de si não é egoísmo, mas uma necessidade. Buscar apoio terapêutico, estabelecer limites, criar espaços de descanso e prazer são atitudes que contribuem para sua saúde mental e, consequentemente, para o bem-estar do filho. Mães que se cuidam estão mais fortalecidas para cuidar.
Reconexão com o corpo
O processo de maternar, seja após a gestação ou por meio da adoção, traz mudanças físicas e emocionais intensas.
O empoderamento surge quando a mulher aprende a olhar para seu corpo com mais compaixão, compreendendo que ele é instrumento de afeto, presença e cuidado.
Tomada de decisões conscientes
Se sentir segura para escolher como deseja criar e nutrir seus filhos, mesmo diante de julgamentos sociais, é um ato de autonomia. Isso vale para a amamentação, para a forma de educar, para os ritmos da casa e para a própria forma de maternar.
Redescoberta da própria identidade
Maternar também é um convite à reconstrução de quem se é. A mulher-mãe se transforma, e essa transição pode ser potente, se houver espaço para reflexão, apoio e escuta. Nesse movimento, ela se conecta com novas facetas de si mesma.
Em cada um desses pontos, o maternar deixa de ser apenas um papel imposto e é uma escolha consciente, com espaço para a mulher se reconhecer, se cuidar e se afirmar.
Maternidade e empoderamento não são opostos. Quando bem acolhida, a maternidade pode ser uma ponte para a mulher voltar para si, com mais força, mais presença e mais amor.

Maternar no pós-parto: a reconexão com si mesma
O pós-parto é um território de intensas transformações. O corpo muda, a rotina se reinventa, e uma nova identidade começa a nascer junto com o bebê. No entanto, nesse turbilhão de emoções e responsabilidades, é muito comum que a mulher acabe se desconectando de si mesma, isso não é novidade.
Maternar, nesse momento, também significa olhar para dentro, se reconhecer nesse novo papel e buscar equilíbrio entre o cuidar e o se cuidar.
É natural que o foco inicial esteja no bebê, mas para sustentar essa entrega com saúde e presença, a mãe também precisa ser nutrida, de forma física, emocional e espiritualmente.
O autocuidado no pós-parto não é luxo, é sobrevivência. E ele pode começar em pequenos gestos:
Momentos de descanso: permitir-se pausar. Dormir quando o bebê dorme, aceitar ajuda, não se cobrar produtividade. O corpo precisa se recuperar, e a mente também.
Apoio emocional: ter com quem conversar, poder dizer que está difícil, reconhecer as alegrias e os medos da maternidade. Falar sobre o que se sente, sem culpa, é um ato de libertação e fortalecimento.
Esse é um período fértil, não apenas de vida nova no colo, mas de reconstrução interior. É quando muitas mulheres se perguntam: quem sou eu agora? E é aí que começa a verdadeira reconexão com sua identidade.
Mentoria Attraversiamo
Pensando justamente nesse momento tão delicado, a Mentoria Attraversiamo é caminho possível. Esse é um processo de acompanhamento individual, com 8 encontros online, especialmente desenhado para mulheres que desejam se reconectar com quem são após a chegada dos filhos.
Essa mentoria é um convite profundo para:
Redescobrir sua essência além do papel de mãe;
Reconstruir o vínculo com seu(a) parceiro(a) por meio da Comunicação Não Violenta;
Olhar com clareza para o seu futuro profissional, seja ele de volta ao mercado, empreendendo ou seguindo no maternar em tempo integral.
Porque maternar não precisa significar se perder de si. Pelo contrário. Pode ser exatamente o caminho de volta para você mesma.
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