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"A Substância": por que tentamos tanto voltar a ser quem éramos antes?

O filme “A Substância (2024)” chegou aos cinemas levantando uma questão delicada para muitas mulheres, especialmente após a maternidade: a busca incessante por uma versão "ideal" de si mesma. 


A história de Elisabeth Sparkle, uma celebridade em decadência que recorre a uma substância misteriosa para recriar uma versão mais jovem e “melhorada” de si mesma, vai muito além de uma ficção exagerada sobre padrões estéticos. Ela nos convida a refletir sobre identidade, envelhecimento e pertencimento. Vamos entender isso juntas?



Cena de Elizabeth se olhando no espelho, enquanto chora, repudiando sua imagem, em A Substância.
Reprodução/ A Substância

“A Substância”: uma metáfora sobre o ideal de perfeição


Em “A Substância”, Elisabeth Sparkle é demitida do seu programa de TV por causa da idade. Em desespero, ela encontra uma substância que promete devolver a juventude e o prestígio que perdeu. 


Surge então Sue, uma versão rejuvenescida e idealizada de Elisabeth, que passa a viver a vida que a protagonista acreditava ter perdido.


No primeiro momento, a narrativa pode parecer absurda, mas a realidade é que muitas mulheres, sobretudo após a maternidade, enfrentam uma pressão silenciosa para retomar a forma, a rotina e até a identidade que tinham antes. 


A Substância, nesse contexto, simboliza o desejo de voltar a ser a mulher de antes, como se fosse possível apagar as transformações físicas e emocionais que a maternidade traz.


Maternidade e identidade: o luto silencioso por quem já fomos


O filme desperta uma pergunta importante: quantas de nós já sentimos o luto silencioso por quem éramos antes de nos tornarmos mães?


É comum se sentir deslocada em certos ambientes, como se não houvesse mais espaço para a mulher que existia antes da maternidade. 


Encontrar amigos, participar de encontros sociais ou até mesmo se olhar no espelho pode trazer a sensação de que algo foi perdido. Essa é uma experiência que muitas mulheres compartilham, mas nem sempre verbalizam.


A nova versão criada em “A Substância”, Sue, assume o lugar de Elisabeth de forma tão simbólica quanto real, enquanto a protagonista se vê cada vez mais apagada. Essa metáfora retrata o sentimento de invisibilidade que muitas mulheres experimentam no pós-parto e nos primeiros anos de maternidade.


O preço da busca pela perfeição


O filme também escancara o custo emocional de tentar ser quem já fomos, ignorando quem nos tornamos. A maternidade transforma profundamente: não apenas no corpo, mas principalmente na alma. 


Há perdas significativas — de tempo, de autonomia, de identidade — mas há também nascimentos: o filho, sim, mas também uma nova mulher, que precisa ser acolhida.


Essa busca por uma versão perfeita de si mesma pode levar a um ciclo de frustração e sofrimento. Afinal, o que muitas vezes buscamos é algo que não pode ser atingido: a versão anterior de quem éramos, antes das experiências que nos transformaram.


Elizabeth tirando a maquiagem com repúdio de frente ao espelho, infeliz com a sua própria imagem, em A Substância.
Reprodução/ A Substância

“A Substância” e o convite ao autoconhecimento


A grande mensagem de “A Substância” é que a verdadeira transformação acontece de dentro para fora. Tentar retomar quem fomos, sem reconhecer quem somos hoje, pode nos afastar da nossa essência e causar ainda mais dor. 


O filme é um convite para olharmos para nós mesmas com consciência e acolhimento, aceitando nossas dores e celebrando as nossas mudanças.


No pós-maternidade, esse processo é ainda mais importante. É preciso ter coragem de enxergar a nova mulher que nasceu com a maternidade, sem romantizar as perdas e sem negar as conquistas.


Mentoria Attraversiamo pode ser um bom caminho


Para muitas mulheres, esse processo de autoconhecimento e acolhimento pode ser desafiador depois da maternidade. 


Pensando nisso, desenvolvi a mentoria Attraversiamo, um espaço de apoio e crescimento para quem deseja fortalecer a autoestima e resgatar a conexão com sua essência.

Na mentoria, trabalhamos juntas temas como autocuidado, sexualidade, identidade e autoconhecimento. 


Se você se sente perdida ou busca reconstruir o vínculo consigo mesma, especialmente depois da maternidade, essa é uma oportunidade de dar um passo importante na sua jornada de transformação.



Saiba mais sobre a mentoria e descubra como começar sua caminhada para se reconectar com quem você é hoje, acolhendo suas dores, suas conquistas e sua nova versão de si mesma!


 
 
 

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