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Não é ajuda, é parceria: o papel dos pais na criação dos filhos

Durante muito tempo, a figura paterna foi associada apenas ao papel de provedor. Mas isso tem mudado e para melhor, com os debates sociais que têm ganhado cada vez mais força. 


Hoje, mais parceiros têm se envolvido de forma ativa, afetiva e presente na criação dos filhos. 


A paternidade ativa não é “ajudar” a mãe: é reconhecer que cuidar, educar, nutrir e acolher também é responsabilidade de quem compartilha a vida e a parentalidade.


Essa transformação impacta diretamente o bem-estar da mãe e o desenvolvimento da criança, porque criar um filho é, acima de tudo, uma construção conjunta. 


Vamos conversar mais sobre isso?


Duas pessoas caminhando de mãos dadas ao pôr do sol, simbolizando parceria, união e apoio mútuo.

O que é paternidade ativa?


A paternidade ativa, ou melhor, a parceria ativa na criação, é um conceito que vem ganhando força à medida que mais pessoas reconhecem que criar filhos é uma responsabilidade compartilhada. 


Mais do que estar presente fisicamente, trata-se de se envolver emocionalmente, participar das decisões, cuidar e nutrir o vínculo com a criança desde o início da gestação até a vida adulta.


Historicamente, o parceiro era visto como o "chefe da família", responsável pelo sustento financeiro, enquanto os cuidados com a criança ficavam a cargo da mãe. Esse modelo, além de sobrecarregar um lado da equação, limitava a potência do vínculo familiar. 


Hoje, com as novas configurações de família e um olhar mais atento à saúde emocional, essa ideia tem se transformado. O envolvimento do parceiro é visto como parte essencial da parentalidade e não como um “extra”.


Por que a participação do parceiro na educação é importante?


A criança que cresce cercada de cuidado e afeto de diferentes figuras parentais desenvolve maior segurança emocional e autoestima. Quando as pessoas que exercem função parental estão presentes de forma genuína, a criança percebe que pode contar com mais de um adulto de confiança. Isso reflete diretamente em seu desenvolvimento cognitivo e social.


Além disso, crianças que convivem com modelos de parceria equilibrada tendem a replicar esses valores no futuro, valorizando o diálogo, a escuta e o respeito mútuo.


Não é apenas uma questão de dividir tarefas, mas de cultivar presença afetiva, o que se reflete em vínculos mais saudáveis e duradouros.


Benefícios para o desenvolvimento emocional e cognitivo da criança:


  • Mais segurança para explorar o mundo ao redor

  • Maior empatia e consciência emocional

  • Estímulo ao raciocínio, à fala e à criatividade


Exemplos de impactos positivos da presença ativa:


  • Crianças com menos sinais de ansiedade e insegurança

  • Melhor desempenho escolar

  • Maior habilidade para lidar com frustrações e resolver conflitos


Pai acompanhando o filho enquanto ele desenha, representando a paternidade ativa, presença afetiva e incentivo à criatividade.

O que significa, na prática, ser um parceiro presente?


Participar de forma ativa na criação não exige fórmulas prontas. O que faz a diferença é o compromisso genuíno com o bem-estar da criança e da pessoa que a acompanha de perto. 


Isso envolve estar presente nas pequenas rotinas e nos grandes desafios, com afeto, responsabilidade e disposição para aprender.


Participação em rotinas escolares e cuidados diários


Ir às reuniões da escola, preparar a lancheira, organizar a mochila, ajudar na lição de casa. Também dar banho, trocar fraldas, colocar para dormir. Tudo isso não é tarefa de “ajuda”, mas de corresponsabilidade. 


Parceiros que se envolvem nesses momentos constroem laços únicos com os filhos e também fortalecem a relação com quem materna.


Diálogo, afeto e escuta ativa


A escuta é um dos gestos mais potentes em uma família. Ouvir com atenção, acolher sentimentos e abrir espaço para conversas sinceras mostra para a criança (e para a mãe) que ela não está sozinha. Afeto e presença se expressam no olhar, na paciência, no toque, na validação de emoções.


Divisão equilibrada de tarefas com a mãe


Na prática, isso significa negociar, ajustar rotinas, rever prioridades. É entender que as necessidades da criança e da mãe não são invisíveis.


Ao dividir a carga física e emocional da parentalidade, o parceiro não apenas contribui, mas se transforma também. Afinal, estar presente de verdade muda todo o percurso da família.


Pai interagindo com os filhos em um parque, acompanhado da mãe, simbolizando paternidade presente, cuidado e conexão familiar.

Como abrir espaço e construir, juntos, uma parentalidade compartilhada


A presença ativa do pai na criação dos filhos não depende apenas da iniciativa dele. Muitas vezes, ela também precisa de espaço, seja para errar, aprender, experimentar e fazer do seu jeito. 


Em muitas famílias, a sobrecarga e o acúmulo de tarefas fazem com que a mãe acabe centralizando os cuidados, mesmo sem perceber. Mas criar filhos é uma tarefa coletiva, e permitir que o parceiro exerça seu papel de pai é parte fundamental dessa construção.


Essa abertura não significa abrir mão do cuidado, mas reconhecer que maternidade e paternidade não precisam ser espelhos e sim complementares. 


O que sustenta uma parceria não é a simetria exata, mas o compromisso mútuo com o bem-estar da criança e o respeito pelas diferenças na forma de cuidar.


Confiança: o primeiro passo para dividir de verdade


O pai pode não preparar a lancheira como você prepararia, nem vestir a criança com a combinação mais “certinha”. Mas esses gestos são oportunidades de criar vínculo, não testes de perfeição. 


Quando a mãe confia e permite, o parceiro deixa de ser coadjuvante e passa a fazer parte da rotina de forma significativa. É nesse espaço de autonomia que ele desenvolve seu próprio jeito de cuidar.


Deixe que ele descubra o caminho, mesmo com tropeços


“Ele não faz direito, então eu faço” é uma armadilha comum, que reforça desigualdades e impede o crescimento da parceria. Assim como qualquer pessoa que assume uma nova função, o pai precisa experimentar, errar e ajustar. 


Validar seus esforços e abrir espaço para tentativas genuínas é uma forma potente de fortalecer a parentalidade conjunta e aliviar a carga de quem materna.


Repensar dinâmicas para fortalecer vínculos


Em vez de assumir tudo sozinha e depois cobrar participação, vale refletir: que espaço você tem oferecido para que esse pai participe? O quanto da rotina está sendo dividida de fato, com confiança, comunicação e corresponsabilidade? 


Parceria não se impõe: se constrói no cotidiano, com diálogo e presença afetiva, mesmo que as formas de cuidar sejam diferentes.


É nesse caminho que a Mentoria Attraversiamo surge como uma possibilidade transformadora. Em oito encontros individuais, ela acolhe mulheres que buscam se reconectar com sua identidade após a chegada dos filhos, reconstruir vínculos com diálogo e respeito, e planejar seus próximos passos com mais clareza. 



Ao fortalecer essa nova mulher que emerge da maternidade, a mentoria também repercute na relação, criando espaço para acordos mais conscientes, mais escuta entre o casal e uma parceria baseada em presença, corresponsabilidade e afeto.


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