Mídias Sociais e Educação Sexual: será que dá match?
- 19 de jul. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 31 de ago. de 2023

Mídias sociais tem se tornado uma forma de comunicação extremamente popular, com estimativa de 2 bilhões de usuários ativos ao redor do mundo.
Cada vez mais, as pessoas têm usado mídias sociais como fonte de notícias e informações, portanto torna-se lógico usá-las como um veículo de promoção de saúde, incluindo saúde sexual.
Mas será que esse é um meio efetivo para educação sexual?
Uma revisão sistemática de 51 estudos, publicada na Noruega, em 2016, mostra que as mídias sociais podem ser um meio de comunicação efetivo, especialmente para certos tópicos, porém alguns cuidados devem ser tomados.
Vantagens
- Acessibilidade: Por ser um meio amplamente difundido, quando falamos de saúde sexual em mídias sociais fazemos a informação chegar em locais que anteriormente não seria possível.
- Comodidade: Apesar da sexualidade ser algo natural e fazer parte da qualidade de vida do ser humano, ainda é um tema cercado de tabus, que faz com que uma boa parte das pessoas ainda se sinta envergonhada ou desconfortável com o assunto, tornando as mídias sociais um espaço de maior comodidade para a busca de informações.
- Promoção de cuidados que melhoram a saúde sexual: um estudo randomizado utilizou páginas de Facebook mostrando informações sobre saúde sexual versus notícias. O grupo que foi apresentado à página com informações sobre saúde sexual estava mais propenso a utilizar preservativo e a realizar testagem para infecções sexualmente transmissíveis (IST), em curto prazo.
Desvantagens:
Por ser um meio de ampla divulgação e facilidade de publicação, torna-se um risco para informações incorretas ou distorcidas, as famosas “Fake News”, assim como divulgação de produtos ou “tratamentos” sem eficácia que podem inclusive ser danosos para a saúde sexual.
Em resumo, esses estudos mostram que as mídias sociais podem ser um efetivo meio de promoção de saúde sexual e pode ter um efeito positivo em práticas sexuais saudáveis (como uso de preservativo e contraceptivos), pelo menos a curto prazo, mas ainda há muitos desafios para que informação de qualidade seja divulgada.
Referência:
Elia Gabarron & Rolf Wynn (2016) Use of social media for sexual health promotion: a scoping review, Global Health Action, 9:1, 32193.




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